15 de set. de 2009

São Paulo/1.

Véspera do dia do trabalho desse ano. Dudu e eu em crise - pelo menos da minha parte. Daí, marcamos de conversar no feriado - ele estava em Petrópolis e eu no Rio, então o combinado era que ele encontrasse comigo.
Eu esperava passar um feriado sem sal, no Rio mesmo, até que ele me ligou novamente:
- Taty, pra onde vc disse que queria ir se tivesse dinheiro e companhia?
- Pra Virada Cultural em Sampa.
- Pois vamos. Arrumei carona.
- ?!? Como? Quando? Quem? (838 perguntas de praxe).

Iríamos com um amigo dele, o Samir, e a esposa do cara. Na mesma noite, Samir desistiu: lembrou que era aniversário do pai no dia seguinte. Eu fiquei me indagando como era possível uma pessoa esquecer o aniversário do pai, então lembrei do meu amigo Robão, que não sabe o aniversário de NINGUÉM da própria família, nem mesmo o da mãe. Detalhe: Robão caiu do beliche quando tinha 14 anos. Isso afetou a memória dele para aniversários e outras coisas mais. Imaginei se o Samir também não teria caído de cabeça quando era mais novo...
Oks, oks... Parei de pensar nisso e me concentrei na ida pra Sampa, pois o Dudu me perguntou se eu ainda queria ir e putz, eu queria. Já estava até esquematizando lugar pra ficar (contatos, contatos, hehe). Então, marcamos um encontro no dia seguinte (01/05) na Rodoviária Novo Rio.

As passagens estavam caras (para nosso bolso), então sugeri que fôssemos pra rodovia Dutra pegar carona. Rumamos para lá. Paramos num posto, indicado pelo cobrador. Depois de um breve lanche, fomos para a beira da estrada usar nossos polegares.

Depois de uns 10 ou 15 minutos, um caminhoneiro chamado Loevi, do Paraná, parou.
- Pra onde vocês vão?
- Pra São Paulo. E o senhor?
- Também. Subam aí que eu levo vocês lá.
(do Rio a São Paulo, vá com Loevi!)

Pô, o Loevi nos levou mesmo até Sampa (6hrs de viagem!) e no caminho ainda parou num posto e pagou lanche pra nós, ha-ha. Em troca, não questionamos sua teoria de que "a AIDS não existe; é tudo invenção da mídia" e ainda deixamos a Kylvia prometida a ele (isso eu explico depois, hihihi). E mais: ouvimos bailão e forró praticamente a viagem toda (que remédio!).




Pérolas da viagem:
"- Pára, Pedro! Pedro pára!..."
"- Tão pedindo o Vaneirão, tão pedindo o Vaneirão!"
"- Se eu te pego desse jeito, do jeito que eu tô a fim... É tchan, tchan, tchan..."




O Loevi também nos falou sobre suas 315 namoradas e de como amava a estrada e ficava entediado quando não tinha trabalho. Fazia uns 04 meses que ele não ia em casa.

(Foto da Basílica de Aparecida, onde passamos durante o trajeto!).

Já no final da viagem, estávamos cansados, famintos e quase surdos (culpa do bailão e do forró no volume máximo). Mas valeu a pena: chegamos em SAMPA! \o/ (continua...)

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