30 de set. de 2009

Mudanças/2.

Nesse fim de semana, me livrei de colchões velhos, troquei as coisas de lugar para aproveitar melhor o espaço (já minúsculo).
Fiz uma limpeza das boas.
Depois, "consertei" o DVD e pude assistir "Os normais - 2" (definitivamente o 1 é melhor), "O contador de histórias" (história real com happy end) e "A proposta" (gosto da Sandra Bullock, o Ryan é lindinho, mas... falta um pouco mais de consistência no enredo).

E aí, no domingo, enquanto conversava com Dudu por telefone, comentei com ele que fiz essa limpeza para me livrar de tudo que não me servisse mais. O intuito também era arejar mais nosso espaço, deixar as coisas um pouco mais organizadas. Afinal, com organização, tudo flui melhor.

E essa organização eu espero levar para outros aspectos. Quero fazer uma limpeza geral, daquelas que as pessoas costumam (ou ao menos tentam) fazer quando um novo ano começa, por exemplo.

Agora, falta organizar melhor o tempo, voltar a estudar algo, quem sabe retornar para a faculdade em 2010, quem sabe fazer pelo menos uma coisa que eu realmente AME.

Aí, vem a pergunta: o que eu AMO fazer?
Bom, além de escrever? De fazer perguntas? De estudar línguas?
Hum. Eu gosto de fazer rir.
Será que isso significa o nascimento de mais uma humorista cearense? Hehehehe.

28 de set. de 2009

Poeminha/21.

Só você me faz perder
A rota do meu coração

Mares nunca dantes navegados
Esses de amor bravio

Conto estrelas ao seu lado
Não me preocupo com o caminho

Pra meu navio ancorado
Pensei que não havia jeito

E agora a todo vapor
Ele vive dentro do meu peito.


TF* - Novembro/2006.

25 de set. de 2009

Poeminha/20.

(Fonte da imagem: Google).

Ontem, eu só quis me perder.
Hoje, eu só quis me encontrar.
Ontem, só queria te ver.
Hoje, só penso em te deixar.
Ontem, eu ardia em teus braços.
Hoje, já desfiz nossos laços.
Ontem, eu não tinha motivo.
Hoje, só espero o alívio.
Ontem: paixão descomunal.
Hoje: coração glacial.


TF* - maio/2006.

24 de set. de 2009

Poeminha/19.



Quando desejo companhia
E a manhã surge bonita,
Nessa hora, sem demora,
Meu coração grita
Por não saber o que é amor.
Anseia ter mais que paixão,
Sem pressões e nem pudor.
Mas até hoje só chora
A manhã rompe, por sentir somente dor.
Vai se tornando amargo
Cada vez que o sol surge.
Para ele, o tempo urge
E sozinho sempre fica.
Corroído, palpitando pesado,
Nesse corpo que o abriga.


TF* - Agosto/2004.

Fonte da imagem: Speglich (blog)

23 de set. de 2009

Dia do sorvete.

Hoje é dia do sorvete!!!

Mais tarde, com certeza, comprarei um pra mim.
Afinal, I LOVE ICE CREAM!

Em homenagem ao sorvete, segue um link sobre a origem dele e um poeminha meu, recém saído do forno!! Origem do sorvete




Se eu te vejo, enlouqueço
Não importa qual teu preço
Eu só quero te lamber
Em teu corpo, me perder
A qualquer hora, em qualquer canto
Me vem esse desejo insano
E não dá mais para esconder
Sorvete, eu amo você!


(Fonte das imagens: Santo Google!)

São Paulo/6.

Mais andanças pelo Centro:
(Antes de mim - Before Taty ).

(Depois de mim - é, uma pequena mudança / After Taty - Yes, just a little change).

(Teatro Municipal).

("Ars longa, vita brevis"!).

(Mario pendurado).

(Mario pendurado - II).

(Death is coming!).

(Scary).

(Gente, gente por todos os lados. E eu ali, sorrindo).

(A arte posando nua!).

(Drawning is cool! Oh yeah!).

(Arte solta por aí).

Pertinho dessa exposição ao ar livre, deparamos com zilhões de tampinhas de garrafa coloridas num pedaço da calçada. Deu vontade de fazer "TCHIBUM", mas lembramos a tempo que era tudo muito colorido, mas não era uma piscina de bolinhas!! :)

O poema do Mario que está na foto é este! (segue logo abaixo também!)

Quando eu morrer quero ficar
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.

Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.

No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.

Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.

O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...

Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...

As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.

22 de set. de 2009

Causos/1.

O dia em que eu conheci o enteado da puta.

Cara, vou contar. Todo mundo, mas TODO MUNDO MESMO, conhece algum filho da puta. Nesse caso, o filho da puta é aquela pessoa que não tem consideração por ninguém, que só faz merda com os outros. Ou seja: não é propriamente o filho de alguma mulher que se tornou profissional do sexo.

Mas uma noite aí de 2007, eu conheci o enteado da puta. Foi assim: Kylvia e eu fomos levadas pelo Daniel para uma festa de aniversário de 15 anos. Detalhe: não conhecíamos a Camila (aniversariante), mas isso foi o de menos. O próprio Daniel a conhecia há menos de 03 dias, então não achou que fosse um problema levar penetras.

A festa foi legal. Nos apresentamos à Camila como "as amigas penetras do Daniel, aquele que você conheceu ontem ou antes de ontem". Ela não se importou. Pelo contrário. Disse:
- Eu queria mesmo muita gente na minha festa!
Foi super simpática, tirou fotos com miss Kylvia e comigo e nos deixou à vontade.

Lá pelas tantas, decidimos pegar o beco (olha o cearês atacando!). Traduzindo: decidimos ir embora. Após um tanto de blablabla e outro tanto de espera, conseguimos uma carona até o bairro vizinho, onde acontecia outra festa de aniversário - de um amigo do Paulinho (irmão da Kylvia).

Pela hora em que chegamos, já encontramos todo mundo mais pra lá do que pra cá. Só algumas poucas almas permaneciam sóbrias.

Em poucos minutos, estávamos de papo com mais dois amigos do Paulinho. A Kylvia conversava com o Júnior e eu com o Orlando. Em determinado momento, eu a ouvi dizer:
- Ah, com certeza a Taty sabe! É lógico que ela sabe!... Pode perguntar a ela!
- Eu sei o que?


Aí, o Júnior me respondeu:
- Olha, tu já viu aqueles anúncios de acompanhantes nos classificados?
Respondi:
- Vejo sempre! Toda vez que eu pego um jornal, sempre dou uma olhada nessa seção!
- Ah, e tu já reparou num anúncio que é assim: "Alana, 10 reais: barato porque gosta do que faz"? Já viu esse?

Eu disse que "sim" e ia até comentar que tinha achado que era um anúncio criativo, diferente, mas ele me interrompeu e desabafou:
- Pois é da mulher do meu pai!
- Sério? Mas como é que tu sabe?
- Ora, a notícia se espalhou!! Eles vivem brigando e um tempo desses, meu pai colocou a mulher pra fora de casa. Aí, ela botou esse anúncio e alguém viu e soube que era ela, porque ela não fez a menor questão de mudar o número do celular. E depois, o meu pai fez as pazes com ela, mas ela não parou de colocar o anúncio.
- E teu pai?
- Ah, aquilo ali nem liga mais. Os filhos todos já falaram, mas ele continua com ela e volta e meia eles têm mais um arranca rabo. Depois, fazem as pazes. Como é que pode, rapaz, meu pai continuar com ela sabendo de uma coisa dessas?


Na hora, eu não disse nada. Fiquei só pensando que, se o pai dele fosse esperto mesmo, não ia briga por esse motivo: podia era agenciar a mulher.

Depois disso, acho que não tornei a ver o Júnior, mas se hoje o reencontrasse não creio que fosse comentar que ele sempre é citado por mim como "o enteado da puta".

21 de set. de 2009

Ins'Ô'nia.

(Fonte da imagem: Blog de olho)

Ontem, a insônia me visitou.
Não bateu à porta e tampouco foi convidada a entrar.
Mas ela não se importa se é chamada ou não. Simplesmente aparece, me persegue e me domina.
Essa, diferente da que me perseguia antes, vem me ver uma vez por semana, sempre aos domingos - enquanto que a outra era diária.

Só por volta das 04h (creio) é que consegui dormir. Levantei às 07h:45m, mas minha mente continuava sonolenta. E as olheiras? Terríveis!

Agora, findo o trabalho, hora de me retirar dos aposentos virtuais e me recolher aos reais (ambígüo, hehe).

E sobre a insônia de outrora - Um texto do meu antigo blog...

sexta-feira, 22 de abril de 2005

Ins'Ô'nia: (o bonequinho igual a criadora: boceja, mas não dorme)
Não é de hoje que a insônia me ataca. Ela está comigo desde os primeiros meses de vida, pelo que mamãe conta. Segundo relatos, ela ia me espiar, altas horas da noite, e lá estava eu, olhinhos arregalados na escuridão, sem chorar ou fazer barulho algum.
Mamãe preocupou-se, marcou consulta com a pediatra.
A doutora receitou café (vai entender...). A insônia diminuiu, por imposição da vida, eu acho. Agora, ela voltou. Veio de mansinho, sorriu tímida. Depois, soltou a franga, montou de vez em mim. E agora não há sequer uma noite que não me atormente.
Procuro pensar nas contas, nos pobres e famintos, em coisas pendentes; penso até em contar carneirinhos!
É incrível. Basta ficar insone para começar a me torturar. A tentativa de pensar
em coisas ruins para atrair o sono - que me livraria do martírio de tais pensamentos - é vã...
Passeio pela casa, tomo cinco copos d'água, leio, escrevo, leio o que escrevi, releio, a t.v. já não suporta ser zapeada, o colchão já não agüenta minha inquietude.
Por fim, caminho até a porta ou a janela, mãos cruzadas para trás, observo a rua, o tempo, o pedaço de mundo que está à minha frente. Ganho aquele ar compenetrado, meio melancólico, de quem parece estar à espera de algo ou de alguém.
Acendo um incenso e me deito. Isso geralmente funciona. O ar de espera ainda faz parte da minha expressão. A verdade é que espero mesmo. Espero algo que me leve para momentos mais grandiosos de paz - espero o danado do sono, que chega atrasado todas as noites.

TF* - 07/04/05.

São Paulo/5.

Mais fotos do Centro:
(Dudu, eu, o sorvete e os ingleses!)

(Preparativos para a Virada!)

(Estátua do padre José de Anchieta)

(Ainda na Sé!)

(Atrás de mim - selva de pedra!)

Poeminha/18.


(Fonte da imagem: Blog do Hilton)

Palhaço

Não quero mais saber de circo.
Não quero mais pagar mico.
Eu cansei de ser palhaço!
Meu coração não é de aço.

Já não me importava tanto
Adotei a profissão
Até te avistar ali num canto
E cansar da solidão.

Eu te pedi um beijo
Implorei por teu afago
Mas não fui levado a sério
Tu fizeste pouco caso.

Foste embora com a platéia
E eu me tornei amargo.

Foram horas, dias, meses e tu só dizias não.
Eu até troquei de ofício
Fiz minha vida mais difícil
Alimentei a ilusão.

Aumentei as noites tristes
Já não tinha maquiagem
Então, pensei que uma viagem
Despachasse a paixão.

Mas eu me enganei de novo
E ao voltar, te vi na praça
No meio do povo.

Nesse instante, num rompante
Meu coração se partiu.

Pois ali estavas tu, de mãos dadas
Com um palhaço!

Ele faz graça e tu sorris
Minha bela flor de lis
O meu muito era teu pouco
E assim o destino quis.


TF* - agosto/2005.

18 de set. de 2009

Poeminha/17.

Localizações amorosas.

Quero você
Sob minhas unhas
Debaixo do meu vestido
Em cima da minha pele
Abaixo do meu umbigo
Ao lado do meu afago
Tirando-me o juízo!


TF* - abril/2006.
(Esse foi para um ex. Sempre gostei de cativar por escritos. Detalhe: só hoje ele ganhou título).

São Paulo/4.

São Paulo é cheia de possibilidades. Lugares legais pra ver, visitar e se divertir. E nós tínhamos tão pouco tempo!!

Já na manhã seguinte, dia 02/05, tomamos café preparado a 06 mãos:



E depois... LIBERDADE! \o/

O bairro é muito massa! Tinha uma feirinha com várias coisas bem legais logo que saímos do metrô!
Fora as lojas cheias de coisas baratas! Hehehe. O Dudu comprou um globo pra mim (e era mesmo meu sonho de consumo ter um!) e levamos várias outras bugigangas!

Depois, comemos um yakisoba que o Dudu apelidou de "yakisopa" (por ter muito caldo).

(José, Dudu e eu - Pausa para uma breja!)

Ao final do yakisoba, o José encontrou uns amigos (eles foram até onde estávamos) e decidimos dar uma volta pelo Centro de Sampa. Já não lembro o nome dos rapazes; só recordo que eram ingleses e que José os conheceu no Fórum Social Mundial desse ano, em Belém.

Nosso passeio no Centro rendeu algumas fotos:
(Fundos da Catedral da Sé).

(na Praça da Sé, em frente a Catedral)

(Monumento na praça, enfeitado pelos pombos!!)

(Catedral da sé - lindona!)

(Um pedacinho do marco zero, na mesma praça).

(continua...).

17 de set. de 2009

Poeminha/16.

(Um bem bobinho e já meio antigo)

Eu amo você,
Mas nosso amor não pode acontecer.
Ele não vai ter um final bonitinho
Daqueles em que a mocinha fica com o mocinho
E eles são felizes por toda a vida.

Nossa paixão é escondida.
Só te encontro em meus sonhos e desejos.
Nossa relação é proibida.
E mesmo assim, anseio por te ver.

Você é minha alma gêmea
E que martírio é ter que reconhecer
que sequer conheço você.

TF* - jan/2003.

São Paulo/3.

Imediatamente voltamos ao apartamento do Fabrício, onde pudemos falar mais tranqüilamente com José. Ele nos deu telefone e endereço e disse que poderíamos ficar lá durante o fim de semana. O Fabrício nos deu as coordenadas de onde José estava e nos ensinou como chegar lá. Isso nos ajudou pra caramba!!

Depois de tudo combinado, finalmente fomos comer. E a comida era realmente boa e barata! Nesse dia, Dudu e eu estávamos com uma baita sorte. O próprio Fabrício, que tinha ouvido toda a nossa história, comentou isso e acrescentou algo tipo:
- Vocês estão com tanta sorte que pediram o jantar depois de mim e ele chegou antes!

Já devidamente alimentados, fomos para o apartamento do José. Ele estava sozinho, pois os companheiros de morada tinham sumido misteriosamente. Eram estudantes da PUC, então o mais certo é que tivessem viajado para ver as respectivas famílias.

José nos acomodou, conversamos e combinamos por alto o que fazer no dia seguinte. Uma das prioridades era visitar o bairro Liberdade, famoso por ter a maior concentração da comunidade japonesa na cidade. Também falamos sobre a programação da Virada Cultural e o que seria bacana de ver... (continua...)

16 de set. de 2009

São Paulo/2.

A estadia em São Paulo era incerta.

Na noite anterior, eu tinha telefonado para a única pessoa que reside lá da qual eu tinha o telefone. Era um rapaz chamado Fabrício, que eu não conhecia pessoalmente...

Vamo lá: miniflashback-gigante de como eu quase conheci o Fabrício!
Ele postou na comunidade "Fortaleza" no site do Couchsurfing, pedindo informações sobre Guaramiranga, pois tinha planos de ir para lá em setembro, durante o Festival de Teatro (isso no ano passado).
Eu respondi e dei todas as informações possíveis, já que tinha um certo conhecimento sobre o lugar.
Depois, o Fabrício acabou passando 1 ou 2 noites em Fortaleza e, antes disso, pediu minha ajuda para encontrar um couch. Eu tentei, mas não consegui. Marcamos de tomar um suco, mas isso também não aconteceu, por conta do desencontro (enquanto eu estava no Conjunto Ceará, ele rumava para a Praia de Iracema, do outro lado da cidade).
E foi assim que eu quase conheci o Fabrício pessoalmente.

Pois bem. Eu ainda tinha o celular dele gravado na minha agenda e decidi ligar:
- Boa noite. Esse celular ainda é do Fabrício?
- Sim... Quem é?
- É... é Tatyana.

E lá fui eu explicar como, quando, onde, como e porque, hehehe.

Felizmente o Fabrício lembrou de mim e disse que ia tentar nos ajudar. Ele informou que não podia garantir hospedagem, afinal o espaço era dividido com a namorada, um gato e, durante a Virada, eles abrigariam um casal de amigos. Mas ele me passou o endereço de onde morava e disse:
- Venham que a gente dá um jeito.

Então, assim que chegamos na terra da garoa, telefonamos para ele, que nos ensinou como chegar até o bairro onde ele estava.
Como era de se esperar, a selva de pedra nos enganou e nós nos perdemos. Mas não foi nada muito grave, afinal só descemos na estação errada, andamos mais ou menos a distância de 10 quarteirões até o local indicado e tivemos que passar ao lado de um cemitério. Nada demais.

O Fabrício nos recebeu no apt. dele, onde pudemos acessar Internet e requisitar um couch (sofá) emergencial na comunidade "São Paulo". Deixei meu número de celular, caso alguém pudesse oferecer um cantinho. Também entrei em contato com 01 ou 02 pessoas da comunidade, mas elas não podiam nos receber.

"- Pronto". - pensamos. "Já fizemos tudo que podia ser feito até agora. Então, só resta esperar".

O Fabrício disse que ia nos levar a um restaurante perto da casa dele, que servia uma comida boa e barata. Enquanto isso, alguém iria ler o pedido e nos dar um retorno. Se nada desse certo, o jeito era apelar pra um M luminoso (Motel! hehe).

Quando descemos no hall do prédio, o celular tocou. Pode parecer mentira, mas era um americano chamado José... (continua)

15 de set. de 2009

São Paulo/1.

Véspera do dia do trabalho desse ano. Dudu e eu em crise - pelo menos da minha parte. Daí, marcamos de conversar no feriado - ele estava em Petrópolis e eu no Rio, então o combinado era que ele encontrasse comigo.
Eu esperava passar um feriado sem sal, no Rio mesmo, até que ele me ligou novamente:
- Taty, pra onde vc disse que queria ir se tivesse dinheiro e companhia?
- Pra Virada Cultural em Sampa.
- Pois vamos. Arrumei carona.
- ?!? Como? Quando? Quem? (838 perguntas de praxe).

Iríamos com um amigo dele, o Samir, e a esposa do cara. Na mesma noite, Samir desistiu: lembrou que era aniversário do pai no dia seguinte. Eu fiquei me indagando como era possível uma pessoa esquecer o aniversário do pai, então lembrei do meu amigo Robão, que não sabe o aniversário de NINGUÉM da própria família, nem mesmo o da mãe. Detalhe: Robão caiu do beliche quando tinha 14 anos. Isso afetou a memória dele para aniversários e outras coisas mais. Imaginei se o Samir também não teria caído de cabeça quando era mais novo...
Oks, oks... Parei de pensar nisso e me concentrei na ida pra Sampa, pois o Dudu me perguntou se eu ainda queria ir e putz, eu queria. Já estava até esquematizando lugar pra ficar (contatos, contatos, hehe). Então, marcamos um encontro no dia seguinte (01/05) na Rodoviária Novo Rio.

As passagens estavam caras (para nosso bolso), então sugeri que fôssemos pra rodovia Dutra pegar carona. Rumamos para lá. Paramos num posto, indicado pelo cobrador. Depois de um breve lanche, fomos para a beira da estrada usar nossos polegares.

Depois de uns 10 ou 15 minutos, um caminhoneiro chamado Loevi, do Paraná, parou.
- Pra onde vocês vão?
- Pra São Paulo. E o senhor?
- Também. Subam aí que eu levo vocês lá.
(do Rio a São Paulo, vá com Loevi!)

Pô, o Loevi nos levou mesmo até Sampa (6hrs de viagem!) e no caminho ainda parou num posto e pagou lanche pra nós, ha-ha. Em troca, não questionamos sua teoria de que "a AIDS não existe; é tudo invenção da mídia" e ainda deixamos a Kylvia prometida a ele (isso eu explico depois, hihihi). E mais: ouvimos bailão e forró praticamente a viagem toda (que remédio!).




Pérolas da viagem:
"- Pára, Pedro! Pedro pára!..."
"- Tão pedindo o Vaneirão, tão pedindo o Vaneirão!"
"- Se eu te pego desse jeito, do jeito que eu tô a fim... É tchan, tchan, tchan..."




O Loevi também nos falou sobre suas 315 namoradas e de como amava a estrada e ficava entediado quando não tinha trabalho. Fazia uns 04 meses que ele não ia em casa.

(Foto da Basílica de Aparecida, onde passamos durante o trajeto!).

Já no final da viagem, estávamos cansados, famintos e quase surdos (culpa do bailão e do forró no volume máximo). Mas valeu a pena: chegamos em SAMPA! \o/ (continua...)

10 de set. de 2009

Poeminha/15.



Chuva
Sim, eu amo chuva!
Ela me cai como uma luva
Leva-me ao delírio o clima frio que ela traz
Deixando-me seca ou molhada,
Tenho, enfim um pouco de paz.
A chuva lava minha alma,
Me dá calma, me satisfaz.
Quando me alcançam, as gotas me esfriam,
Enquanto por dentro estou a arder!
Por instantes, a angústia some.
No interior, as lágrimas me consomem.
A chuva lava minha alma,
Leva embora o meu sofrer.
Não preciso de calor se o frio leva minha dor.
Um amor cairia bem,
Porém agora, isso não me convém.
Fico quieta, vendo a chuva cair,
Se jogar afoita do céu,
Enquanto a tinta escorre no papel.

(TF – 23/06/04)

Fonte (imagem): Google.

Poeminha/14.

Morreu!
Estou impressionada
Com sua língua afiada,
Sua crítica inusitada,
Nada moderada.
Sua boca tão bonita
Escarra esse texto inútil.
Você não passa de um fútil.
Quer estar sempre correto,
Mas não diz o que é certo.
Não sabe se calar.
E agora? Deixa estar.
Foi assim tão repentino:
Essa náusea aconteceu.
Acho que eu não teria tino
Pra explicar o que ocorreu.
E o que podia ter nascido,
Antes disso, já morreu!

(TF – 11/09/01)

9 de set. de 2009

Poeminha/13.

Escrevi esse poeminha para um cara que me chamou atenção lá pelos idos de 2003.
Fiz, mas nunca tive coragem de entregar. Acontece...

Nos teus olhos vi a vida
Palpitante, forte, brilhante!
Por teus olhos me apaixonei,
Só precisei te fitar por um instante...
E desejei conhecer-te além do que vi,
Além da beleza que enxerguei em ti!
Porém, não nego que a covardia é tamanha
E que tua beleza gritante me acanha,
De tal modo que não há dilema!
Não preciso de resposta.
Só quero que recebas este poema.


TF – 02/10/03.

8 de set. de 2009

Poeminha/12.

Exclamação!
Eu adoro esses pontos de exclamação!
Eles se multiplicam nos meus escritos como pragas numa plantação.
Nada de interrogação, parágrafo ou travessão! Eu quero exclamação!
Em cima, abaixo, ao lado, em diagonal – a exclamação pode ser o meu ponto final!
Eu vou exclamar em qualquer canto, o riso ou o pranto, e principalmente o espanto!
Minhas exclamações pululam!
Eu quero exclamar a vida!

(TF - 21/05/02)

Fonte (imagem): Google.

4 de set. de 2009

Poeminha/11.


Tempo
O tempo caçoa de mim
É um processo sem fim
Não posso viver assim!
Tempo, tempo, tempo
Meu atraso me preocupa
Já vivo sem desculpas!
E é tudo culpa do tempo...
Tempo, tempo, tempo
Meu intento é conseguir
Multiplicar-te, expandir-te,
Acabar com teu limite!
(TF – 20/03/03)

3 de set. de 2009

Poeminha/10.

Minuto palíndromo

Parece que esse minuto passou mais rápido;
Parece que ainda tenho bom sangue na veia;
Parece que o céu está tão límpido,
Quando na verdade, está cheio de sujeira.
E o tal minuto se foi tão depressa!
Nem tive tempo de olhar pra uma estrela,
Nem tive alguém ao lado pra falar besteira...
Nem ao menos fiz um pedido!
E o minuto se foi num estalido!
Nada de tempo pra cafezinho.
Poxa! Ele nem me disse tchau...

TF* - 20h: 02m – 20/02/2002

*Baseado numa data histórica.

Poeminha/9.

Ode à Lua

Impávida, manipuladora, ela aparece,
Primeiro aos poucos,
Depois toda nua.
Pálida, tentadora,
Promove meus instintos mais felinos.
Arranca-me o siso e me dá suspiros.
Está no universo, na galáxia, na rua.
Ávida, contenciosa,
Ela desperta desejos - dos mais simples aos mais obscuros.
Me dá vontade de uivar!
Perturba minha mente e sei que também perturba a sua.
No teatro do céu, ela é rainha e sozinha atua.
As estrelas são só coadjuvantes.
Apesar de não ter luz própria, quem brilha mesmo é a Lua!

TF* - 13/05/02.

2 de set. de 2009

Lembranças da FIC/1.

Foto tirada, revelada e ampliada pela Lia! :) Saudade desse tempo e da cadeira de Fotografia.

Nota: Fiquei ótima com essa cara de bêbada... ¬¬

foto de trezeestrelas em 09/11/04 - Fotolog

Shared via AddThis

Poeminha/8.

Ah, minhas rimas pobres...

Agonia
Saí para me divertir até que a noite se transformasse em dia.
Durante a madrugada, o barulho era grande, um ladrão corria.
Tudo me dá agonia.
Na praia, de repente, o sol já nascia.
O silêncio se fez, formou-se a calmaria.
Até ela me dá agonia!
Ao menos alguém já me deu “Bom dia”.
Volto para casa, para a velha rotina.
Já estou acostumada com a hipocrisia.
Mas ela também me dá agonia!
Não sou mais eu, mesmo assim, não entro em harmonia.
Parece que estou há séculos procurando a verdadeira alegria...
E não adianta: só vem agonia!


TF* – 11/06/01.

1 de set. de 2009

BlogBlogs.Com.Br

Escritos/3.

Ausência.
Tive uma filha.
Batizei-a de Ausência.
Ausência era feia, porém, bem tratada.
Onde eu estava, Ausência estava.
Era eu presente para Ausência
e Ausência sempre presente ao meu lado.
Com o tempo, Ausência cresceu.
Ausência era muda, fria, má e solitária.
Ausência me tornou amargurada, mas estava sempre lá,
me observando e fazendo exigências,
mesmo com a ausência das palavras.
Ausência tornou-me insone.
Eu vivia pela casa, com o coração aflito.
Se Ausência se acidentasse, eu não ouviria gritos.
Na casa, havia uma escada.
Ausência, estabanada, rolou um dia por ela.
Ausência morreu em mim, ainda jovem e donzela.
Agora, Ausência ausente,
eu me faço presente
para minha recém-nascida: Vida.


TF* - 18/04/05.

Resenhas/1.

Resenha velhinha, mas vá lá. (Escrevi para uma das matérias da faculdade, em 2004).

Diários de motocicleta.

Como Ernesto Guevara de La Sierna tornou-se Che Guevara? Se interessa, este é o enredo de "Diários de Motocicleta", lançado recentemente no Brasil.
A história se passa em 1952. Ernesto Guevara e seu amigo Alberto Granado, resolvem fazer uma tour pela América do Sul, saindo da Argentina. Começam a jornada guiando uma velha moto, "La Poderosa", mas ela quebra e os dois seguem a viagem como podem. É a partir do que vê durante o caminho que o jovem Ernesto muda sua forma de ver o mundo. Há injustiças, pobreza - e tudo contribui para que ele siga, mais tarde, em busca de realizar seus ideais revolucionários.
O roteiro de "Diários" é baseado nos livros Notas de Viaje, de Ernesto Guevara de La Sierna e Con el Che por Sudamérica, de Alberto Granado. O melhor amigo de Che está com 83 anos e chegou a visitar o Brasil para divulgação, além de orientar o diretor Walter
Salles durante as filmagens. Participam também da produção americanos como Robert Redford.
Quem espera por ação ou qualquer menção ao futuro guerrilheiro no qual Ernesto se transformaria, pode desistir. Não se trata de uma narrativa fantástica e deslumbrante. É apenas a verdade, embora saibamos que o cinema sempre dá aquele jeitinho de deixar o enredo mais atraente.
Porém, é por ser simples que há esse efeito: o filme é mesmo fantástico
e deslumbrante. As locações são admiráveis. Os atores, ótimos.
Por coincidência, Rodrigo de La Sierna, que interpreta Alberto, é um
primo distante de Che. E para quem não lembra, Gael Garcia Bernaz, que interpreta Ernesto, emocionou muitas crianças ao interpretar o órfão Daniel, na novela "Vovô e eu", exibida pelo SBT em 1991.
Hoje, o ator tem um curriculum bastante respeitável: prêmios e
elogios da crítica não faltam, além de tietes, apaixonadas por seus belíssimos
olhos azuis.
O enredo emociona, faz rir e pensar. Chega a dar vontade de se aventurar
também, como fizeram os dois amigos. Vale o ingresso. É garantia de
diversão sem cenas de apelação.

Poeminha/7.

Penso
Se te deixo ou se me queixo;
Se lamento ou se padeço;
Se insisto ou se enfim te esqueço;
Se te odeio ou se te tenho apreço;
Se ainda te quero ou se reconheço
Que já não me amas
Como eu mereço.
Penso
Se faço feitiço ou se rezo um terço;
Se sigo em quietude ou se esmoreço;
Se amanheço ao teu lado ou sozinha anoiteço;
Se tenho esperança ou invento um desfecho;
Se prossigo em rimas ou recomeço.


TF* - 12/04/05.