31 de jul. de 2009

Dia do orgasmo!

Hoje é dia do orgasmo!
Comemorem! ;) Se possível, acompanhados!
haha. ;p

Minha vida estudantil/1.

No ano do vestibular, eu fazia tudo menos estudar. Namorava às pampas, saía e voltava para casa de manhã – ou nem voltava, ficava na morada de alguma amiga e nem avisava; ou seja, além de não estudar, tampouco dava satisfações em casa. Restava a minha pobre mãe telefonar para meu celular para ver se eu ainda estava viva. Eu não costumava ter dinheiro sobrando, mas isso não chegava a ser grande empecilho. E, depois de fazer o que bem entendia e saborear os prazeres juvenis, eu dizia a mim mesma: "vou estudar, preciso estudar". Mas isso raramente acontecia.
Uma dessas ocasiões, me recordo bem, foi quando um pretendente chegou para uma visita, em pleno domingo de estudos. Eu já estava cansada de ver tantos números e fórmulas matemáticas após a eternidade de 40 minutos, quando ele irrompeu em minha pacata residência e minha mãe o convidou para almoçar. A presença dele já não era interessante para mim, então fulminei minha mãe com um olhar diante do convite, mas ela nem notou (ou notou e me ignorou). Ficamos, o rapaz e eu, na mesma mesa: eu tentando ou fingindo que tentava estudar; ele se entretendo ou fingindo que estava entretido com uma revista – isso até o almoço ficar pronto.
Almoçamos juntos, depois ele foi embora. Nem lembro se tentou me beijar, mas isso é o menos importante; eu só queria que ele sumisse, para que não pensasse em tomar minha atenção dos estudos. Era bobagem minha. Na verdade, ele só queria mesmo comer a comida da minha mãe, que é hummm... hummmm... ai, meu Deus! – é tão gostosa que só de lembrar eu já fico com água na boca. Então, voltando ao domingo: depois que o rapaz se foi, acho que eu fui ouvir música e deixei os livros e as apostilas de lado.
Estudar era um saco, esse papo de vestibular era um saco. O que eu gostava mesmo era de bradar minhas bobagens aos quatro cantos e ler o que me interessava. Vai ver foi por isso que passei no vestibular. Ou vai ver foi por essas coisas que a gente chama de "golpe de sorte". É, deve ter sido sorte mesmo.
Eu estudava num dos melhores colégios de Fortaleza, o Farias Brito. Tinha notas medianas e bolsa de 40%. Não li nenhum, repito, NENHUM dos livros que constavam da lista da UFC ou da Uece para o vestibular daquele ano – apelei para resumos e tudo que aprendi nas aulas. Só gostava mesmo das aulas de História, Português e Inglês – e ainda assim, volta e meia matava as aulas de Inglês, pois julgava já ter visto tudo que ia cair no vestibular durante as aulas no curso de Inglês do Imparh (e era bem por aí mesmo). Nas aulas de Português, eu costumava prestar atenção, mas às vezes desenhava ou fazia observações bobas nas apostilas e também tinha por costume escrever redações que se enquadravam entre a comédia e o pornô. Nas aulas de História aos sábados, eu morria de rir do professor que se fingia de espermatozóide, de criança ou de imperador louco – o nosso professor era um ator, no melhor conceito que a palavra pode adquirir.
E nas outras aulas, conversava com a Débora por papel. Sempre falávamos que o professor Antonino (de Química) tinha uma bunda que dava vontade de apertar. Ou de como o Edilson, um colega de sala odiado pela Deb, era um verme idiota. Inclusive, eu enchia a paciência dela, dizendo que o ódio que ela nutria na verdade devia ser amor, e que eles ainda se casariam. Também falávamos sobre quando iríamos novamente visitar o Marcos Flávio, que era nosso “namoradinho em comum”. Bom, mas o que eu conversava com a Débora merece um post à parte que deixarei para outro dia.
Pois bem, chegou o vestibular. Eu me inscrevi para Direito na UFC, por causa da minha mãe – já que não tinha estudado, ao menos ia tentar o curso que ela queria para mim – o que foi uma grande besteira. Na Uece, não sabia o que poderia ser uma boa opção. Pensei em História, optei pelo Serviço Social – outra besteira. Aí, lógico, eu não passei na UFC, mas só Deus sabe porque, passei na Uece -> Aew, passei!.
Foi duro largar a vida de pré-vestibulanda e ir para a faculdade. Na verdade, o 1º semestre nem foi tão ruim. Mas no 2º eu comecei a pensar o que diabos estava fazendo ali, se minha vontade, desde 2001, era cursar Jornalismo. Aí, eu larguei a Uece, a minha mãe quase teve um troço. Mas o que aconteceu depois é história para um próximo post.

30 de jul. de 2009

Baú do blog/5.

Remexendo nos arquivos do meu blog, achei este escrito.

Quanto tempo perdido por medo de falar!... Mas agora, já não importa.

Eu não costumo me manifestar quando não sei o que dizer/escrever.
Mas às vezes, a gente se sente na obrigação de dizer/escrever algo, então acaba saindo um negócio mal feito.
É exatamente o que estou fazendo agora: um negócio mal feito.
Há dois meses eu queria muito que ele estivesse aqui.
E agora... Bom, agora eu já não tenho certeza disso.
Quando eu achava que ele não viria mais, ele me mandou um e-mail, dizendo que tava tudo certo pra vir, mas sofreu um acidente. Daí, que só depois de se recuperar é que ele vai ver o que fazer.
Talvez a intenção dele nem tenha sido essa, mas esse e-mail me soou como uma indagação. Quer dizer, ele fala que está com planos de vir, mas que por motivos de força maior não pôde. Então, eu acredito que ele queira saber o que eu acho disso.
E agora eu simplesmente não sei como dizer... Poxa, o que é mesmo que eu quero dizer?
Eu podia dizer que ainda estou com saudades, mas já não estou.
Ainda me pego pensando nele de vez em quando. É uma boa lembrança.
É isso: a saudade se transformou em lembrança. Aquela lembrança boa de se ter, de algo que foi legal, mas passou.
Eu podia desejar melhoras, mas isso soaria frio por demais.
Podia exclamar (!) um tanto de coisas, mas esse tanto de coisas esfriou e agora já não tem exclamação; só reticências ou ponto final.
E agora, agora mesmo, tenho aqui meu e-mail de resposta, só esperando pra ser enviado. Eu já li e reli umas cinco vezes. Ele é uma mistura disso tudo que eu podia dizer - porém, certos pontos estão implícitos - pra não dizer inexistentes. Está mal feito, eu sei que está. Sinto que falta alguma coisa. Pombas, o que é que falta???
Vai assim mesmo.
Não consigo mudar mais nada.
...
...
...
Eu podia apagar tudo e escrever uma única frase: "Você ainda mexe comigo". Mas não dá. É o dedo que não quer apertar "delete", é a boca que cansou de suspirar.
O que foi, foi.

[abril/2007].

29 de jul. de 2009

Baú do blog/4.

03 de setembro de 2004.
Pensando em letras:
Eu sempre quis ter um avô. Um avô que dirigisse uma Brasília cor de creme, que lesse histórias para mim, que me dissesse: “Como você cresceu!” sem parecer piegas (será que isso é possível?) e me levasse para tomar sorvete na mesma praça onde ele jogaria dominó com os amigos. Tentaríamos fazer uma casa na árvore (numa mangueira, que existiria na casa dele, claro!).
Eu também queria uma avó. Uma avó que tivesse um quintal enorme, onde eu sentaria para ler meus livros favoritos. Uma avó que soubesse fazer todos os tipos de doces que só as avós sabem fazer (mesmo eu não sendo muito fã de doces), que acobertasse as travessuras da neta, que tivesse um gato chamado Euclides e uma criação de galinhas no fundo do quintal.
Um dia na casa dos avós seria um dia no paraíso. Eu não precisaria de nenhuma outra criança por perto porque aquele universo seria suficiente para eu me divertir. E quando eu crescesse, meus avós me mostrariam as fotos de antigamente. Nós riríamos juntos, na sala de móveis antigos e, claro, duas cadeiras de balanço.
A casa deles teria um jardim com rosas, um muro branco, baixo, daqueles que de um pulo só você sobe e se senta. Teria uma varanda onde eu ia dormir, durante as tardes, numa rede comprada no interior. Antes de ir embora, eu ia merendar café com pão. Todos reunidos na mesa da cozinha: a vó, o vô, o Euclides, a Maria (o braço direito da vovó) e eu.
Mas isso nunca aconteceu.
Minha mãe lia histórias para mim. Eu sempre tomei café com pão na cozinha. No jardim da casa onde passei 11 anos, tínhamos rosas. Meu pai me levava para comer pizza (o que chegava perto de tomar sorvete - tudo guloseima!). Na minha antiga casa, tínhamos uma criação de galinhas e um jardim com várias plantas e dois coqueiros que rendiam cocos deliciosos. Eu lia todos os meus livros favoritos na casa de uma das tias. Tantas coisas parecidas...
Mas meus pais não poderiam dizer: “Como você cresceu!”, já que vivíamos na mesma casa. Não é a mesma coisa ter crescido sem avós. Naquela época, eu não sentia muita falta. E hoje sinto. É estranho. Guardo com todas as forças as poucas lembranças que tenho da avó paterna. As tardes na casa que também tinha rosas no jardim e um papagaio (que depois foi morar conosco) na cozinha. A Maria fazendo café. Todas aquelas folhas no chão do jardim acimentado... O muro branco, e, claro, a cadeira de balanço da vovó. Eu cheguei perto.
Mas isso já não importa. Eu posso afirmar, sem sombra de dúvidas, que a infância foi o período mais feliz da minha vida.

27 de jul. de 2009

Baú do blog/3.

"Pedidos e pedidos".
(Sexta-feira, 09/02/2007)
Hoje aconteceu algo surreal: fui pedida em casamento. Pior do que receber o pedido foi a minha surpresa ante a pessoa que o fez!
É o terceiro pedido num período de aproximadamente 2 anos e meio.
O primeiro foi feito em meados de junho/2004. Eu estava em casa com Y (importa mesmo o nome?), que na época era meu mais recente ex-namorado. Embora fosse ex, Y e eu ainda trocávamos beijos e fluidos corporais.
Pois bem. Estava eu lá, conversando com Y, até que X aparece. X era outro ex-namorado, anterior a Y. X sabia que Y e eu tínhamos terminado e imaginou que não tínhamos mais nada um com o outro. Por esse motivo, X resolveu comprar alianças e me pedir em casamento. Quando ele o fez, eu comecei a gaguejar e o expulsei, cheia de sutilezas, dizendo que conversaríamos depois.
No dia da conversa, perante minha negativa, brigamos e deixamos de nos falar. Hoje, graças ao tempo e a outras coisas mais, finalmente nos tornamos amigos. Só amigos mesmo. X está namorando e tenho motivos pra acreditar que achou a mulher da vida dele.
Me refiz do susto e levei a vida, até que... Até que veio o segundo pedido, feito em maio/2006. Esse foi mais informal. Z apareceu por volta de 03 horas - da madrugada - me informou que estava indo morar sozinho e me chamou pra morar com ele. Detalhe: Z e eu ficávamos juntos esporadicamente e sequer fomos namorados. Quando Z me chamou pra morar com ele, não nos víamos há cerca de 9 meses. Z me conhecia - e me conhece - bem pouco. Mas definitivamente isso não pareceu empecilho pra que o pedido, por mais informal que tenha sido, fosse feito.
Expulsei Z gentilmente, usando minha mãe como desculpa, quando a verdade é que eu também queria que ele fosse embora. Tempos depois, Z me disse que não estava falando sério. Respirei aliviada, embora tenha minhas dúvidas até hoje.
E o terceiro pedido foi feito hoje. Há cerca de 4 anos eu conheci esse senhor que vende lanches perto da faculdade. Eu sempre parava pra conversar com ele e sempre fiz questão de chamá-lo pela alcunha de "tio" ou de referir-me a ele como "senhor".
Uma vez, o "tio" me chamou pra viajar pro Rio de Janeiro. Fiquei surpresa, imaginando se haveria alguma intenção por trás disso. O pior cego é aquele que não quer ver. Logo, eu me forcei a pensar que ele era só alguém que me estimava como a uma sobrinha - ou a uma filha mesmo, por que não? Que burrice.
Apesar dessa singela forma de pensar, eu neguei, desconfiada ainda. E tratei de não pensar mais no assunto, afinal, nada tinha sido explícito. O "tio" sempre me oferecia café e algum lanche e, ante minha negativa ("Tio, vou comer em casa, que assim eu não gasto!"), ele se punha a insistir. O lanche saía de graça, na maioria das vezes. E eu ficava lá, ouvindo as histórias dele sobre o que quer que fossem.
Então, ontem, depois de mais de um ano sem vê-lo, apareci no ponto ao lado do Shopping Iguatemi, onde ele fica. Contei que estava retomando a faculdade nesse semestre, que trabalhei na Contax até outubro, que finalmente visitei o Rio de Janeiro, terra da qual ele me falava às vezes. Ele me contou que foi operado, que morou cerca de 03 meses no Rio e que conseguiu comprar uma casa na praia. Perguntou se eu tinha casado já...
"Poxa, é só uma simples pergunta", pensei. E disse que não, não estava casada. Mas algo - talvez aquela coisa que chamam de intuição - me fez achar por bem dizer que tinha alguém. E foi o que eu disse. Contei que, apesar da situação não-oficializada - o que me cai muito bem - existe alguém.
Daí, hoje, ele me sai com esta: "Eu quero conversar com a sua mãe". Ontem, ele comentou que mora sozinho, numa casa perto da FIC. Perguntou quanto minha mãe paga de aluguel. Quando comentei o valor, ele falou algo que deu a entender que poderíamos morar lá, que seria bem melhor porque eu poderia ir a pé pra faculdade. A ingênua aqui concluiu que ele queria alugar a própria casa, já que segundo ele próprio, só se utiliza mesmo de um cômodo. Então, quando ele disse que queria falar com a minha mãe, eu imaginei que fosse sobre isso. Ele me indagou: "Você sabe o que eu quero falar com ela, não sabe?". "Ora, imagino que deve ser sobre a casa, que talvez o senhor queira nos alugar...". Nem terminei meu raciocínio porque ele me interrompeu dizendo: "Nããão! Eu quero falar com ela sobre você. Quero falar com ela sobre a gente se casar, você e eu.".
Por pouco eu não derramava o café que estava tomando. Até puxei um banquinho e me sentei, porque na dúvida entre correr ou gritar, acabei mesmo foi paralisada, diante de tamanha sandice!
Eu ri, atordoada, me indagando se aquilo era sério mesmo. Pior que era.
Comecei a reforçar a existência de 'alguém', o que a princípio me impediria de casar com ele. Deus, eu só queria uma forma mais educada de dizer "No fucking way, man!". Mas creio que não fui bem sucedida, pois ele continuou insistindo pra que eu fosse jantar com ele e levasse minha mãe junto.
Ainda o escutei por mais uns 30 minutos, o que me pareceu uma eternidade de horas. Quando vi que não tinha jeito de contornar a situação, praticamente corri atrás da topic que me trouxe salva - mas não muito sã - pro Benfica.
Na topic, eu vim alternando meus pensamentos. Ora, achava a situação toda bastante ridícula e me punha a rir sozinha; ora, me dizia quão idiota eu era em ter me forçado a não imaginar 'outras intenções' por trás de tanta 'bondade'.
Nunca mais tomarei a topic ou o ônibus ao lado do Iguatemi.


Notas: Realmente eu NUNCA mais apareci nesse ponto - pelo menos não enquanto o tio estava lá (ele ficava por um horário estabelecido)... E sobre os pedidos de casamento - esses cessaram de 01 ano pra cá. Vai ver é porque eu já estou casada, mas sabe como é, tem gente pra tudo nesse mundo, portanto é possível que qualquer dia eu venha aqui contar sobre mais algum. Rá, imaginem se eu fosse bonita!...

23 de jul. de 2009

Rendida pelo Twitter.

Mais dia, menos dia, eu me rendo às novidades virtuais.

Bom, o Twitter não chega a ser exatamente novidade, pois já tem lá um tempinho de existência. Mas era novidade pra mim, que ouvia falar, mas nem sabia direito o que era.

Aí, eu recebi um convite de um conhecido com Twitter, para acompanhá-lo lá. Para tal, eu tive que me inscrever e tudo mais. Então, é isso: agora também tenho Twitter.
Meu Twitter

21 de jul. de 2009

Poeminha/4.

Cubra o sol.

Cubra o sol
Que hoje eu quero
Um dia cinza.
Cubra o sol
E me cubra de brisa.
Me alisa, me despenteia.
Me excita, me incendeia.
Não carece compromisso,
Mas por favor,
Cubra o sol.
Depois me cubra
De carícias.
Cubra o sol e sinta o vento
- esse nosso bom amigo.
Cubra o sol, dê-me um sorriso
E vem deitar aqui comigo.


Tatyana França - 02/08/06.

16 de jul. de 2009

Sarau Arte em Andamento.

No Rio, há programas para todas as idades e gostos. Inclusive programas literários regados a música, como é o caso do sarau Arte em andamento, que acontece às segundas, no Art Rio Hostel, localizado no Catete.

Já há algum tempo eu recebia e-mails do grupo informando sobre o evento, que tem entrada gratuita. Mas sempre deixava de ir por não ter companhia ou por preguiça ou pior: porque saía tarde do trabalho.

Mas no dia 13, decidi ir e levei o Dudu comigo.

O lugar é agradável e há incentivo para que todos se manifestem (o microfone está à disposição).

Nessa edição, a primeira a qual compareci, a única coisa que chegou a me incomodar foi o cigarro. As pessoas fumavam perto da porta, mas parece que não atentavam pro fato de que a fumaça ia para dentro do Hostel e incomodava aos mais chatos não-fumantes, tipo eu.

Eu fiz uma reclamação no blog do movimento (Arte em Andamento) e eles me deram uma resposta satisfatória (que na próxima edição, pediriam a compreensão dos fumantes).

Sei, sei. Eu sou uma reclamona, uma chata, mas poxa, odeio ficar com aquele cheiro horrível de cigarro, e, como eles mesmos disseram: "O direito de um começa onde termina o de outro". Eu tenho o direito de não gostar de algo que só prejudica minha saúde e me deixa fedendo... ¬¬ [sux]

Enfim... Dudu e eu não ficamos mais tempo lá também porque tínhamos que acordar cedo. Mas valeu a pena a ida e pretendo ir ao próximo evento, sim! Legal que o Hostel não fica longe da Glória, então deu pra voltar a pé ;)

Um dos pontos altos do sarau (pra mim) foi quando um americano (Derek, de Nova York), que estava paradinho perto da entrada, pediu o microfone para tocar a gaita dele. Foi que nem nos filmes: o cara caladão, ali no cantinho, chegou, tocou, arrasou e deixou todos boquiabertos com o talento. Poxa, eu queria tocar gaita que nem aquele homem! God save Derek!

Ah, tiraram uma foto minha e do Dudu por lá :) Segue o link!
Nós no sarau!.

15 de jul. de 2009

Poeminha/3.


(Em sentido horário: Hil, eu, Hipólito, Jana e Simon - Festa 20 e poucos anos, out/2007).

Nós somos jovens e coloridos.
Meio surrados, talvez batidos.
Somos a rima sem perfeição;
Somos pedaços de coração.
Sopro de vida ao quadrado.
Em diagonal, naquele lado.
Naquela esquina, acima o sol.
Nós somos jovens.
Vida sem dó.
(08/09/2006).

10 de jul. de 2009

Mamãe odeia rock.

Há alguns dias, participei de uma promoção da Converse que perguntava: "Qual a coisa mais rock 'n roll que você já fez na vida?"
Participei com duas respostas e uma delas foi escolhida! Aê!

Agora, estou aguardando contato dos organizadores para saber como e quando irei receber meu prêmio: um par de tênis Converse.

Minha resposta foi esta:
"Namorei atrás da igreja, tomei porre de cerveja, bati cabeça a noite inteira, na estrada peguei poeira e também carona de caminhão; fiz um tattoo maneira, tomei banho de cachoeira e tive uma grande paixão. Fiz tanto que até deu pra esquecer - só não deixei de vir aqui responder!".
Link para a página da promoção (com as frases escolhidas): Comemore o rock!

É praticamente a primeira vez que ganho alguma coisa em promoções.
A primeira vez MESMO foi em 2002. Fui sorteada e ganhei um ingresso pra ir ao show do Blaze (ex-vocalista do Iron Maiden). Gostava pacas de rock, mas sinceramente não costumava ouvir muito Iron. Mesmo assim, jamais perderia um show desses. Lembro bem da minha mãe, que odeia rock, falando:
- Quantos ingressos você ganhou?
- 1 só, ora.
- E vai sozinha?
- Que é que tem?

Minha mãe imaginava um show de rock como um lugar sujo e fedorento, com homens suados, peludos e bêbados tentando me sodomizar. Claro, a festa seria regada a bebidas alcoólicas, drogas, orgias e pessoas com tatuagens e roupas bizarras. E mais: eu me converteria em adoradora do demo e das trevas, rasparia a cabeça ou faria um moicano, só usaria preto e ainda bifurcaria minha língua, para que ficasse igual a de uma cobra. Também iria largar os estudos, dormir o dia inteiro e entrar para uma banda hardcore, heavy metal ou pior: uma banda estilo slatter. Embora ela não soubesse o significado das palavras, tinha certeza que boa coisa não poderiam ser.

Pois bem. Depois de muito refletir, ela viu que eu iria de qualquer jeito e disse:
- Chama alguém pra ir com você. Eu pago o ingresso.

Chamei a Kylvia. E lá fomos nós, faceiras e joviais. E o show?
Só uma palavra: IRADO!! \o/

Até hoje, minha mãe mantém a mesma postura em relação ao rock: odeia.
E eu também continuo mantendo a minha: amo.

E agora, coincidência das coincidências, a segunda promo que ganhei na vida também tem a ver com rock! ;)

Como diria um amigo meu: "Metaaaaaaaaaaaaaaal!"
Oh yeah!

Um momento absoluto.

Eu estava no metrô relendo “O encontro marcado” e, de súbito, meu pensamento se voltou para um período já um pouco distante: 2004/2005. E enquanto Toledo dizia ao Eduardo para ir embora de Minas, eu lembrei de mim, ávida por ir embora (de Fortaleza) desde esse período. Recordei das coisas que fazia nesses anos e das pessoas com quem costumava estar.
E coincidência das coincidências, tive contato com 02 dessas pessoas hoje: Hildenê e Jr.
Com Hil, conversei via Google Talk. Ele tinha acabado de criar um blog, queria que eu visse. Primeiro, me mandou um recado no Orkut:
“Ei... dá uma sacada... eu fiz um blog: Assim por diante
E quase em seguida:
“Num eh vírus não... sou eu mesmo, merda!”
Respondi:
“Ah, bom... me chamou de merda, então eu acredito que não é vírus!
Amo-te, seu merda! :p ”

Vi o blog, comentei e ainda fiz a descrição do perfil dele, partindo do que ele é para mim (sim, eu sou a menina do balão). Comentei que ainda aprenderia a escrever. Ele disse que eu já sei fazer isso e, que se eu lançar um livro, ele vai comprar. Me senti importante!
E o Júnior me marcou numa foto de 2006, no álbum orkutiano dele. Era uma calourada daquelas a qual sempre íamos no Benfica. Eu fiz um comentário na foto. Horas depois, sem nenhum motivo especial, voltei à mesma página e vi que ele tinha comentado logo abaixo, com uma única frase:
“Sinto saudade de ti”.
E só agora, no metrô, relendo uma história que quase poderia ser a minha, eu senti uma puta saudade. Fiquei pensando na frase do Jr., uma coisa tão direta, eu diria mesmo seca, sem enfeite, mas eu não queria mais nada, não... A frase foi simples, só isso. E a simplicidade continha tanto, a palavra saudade já diz muito – diz, na verdade, tudo que eu queria ouvir dele.
Então, sozinha na estação, sozinha entre tantas gentes e tantas outras solidões, eu imaginei que esse poderia ser, enfim, o meu momento absoluto. O momento onde eu decidiria o rumo dessa vida, onde eu tomaria uma grande decisão, baseada em acontecimentos e presenças do passado e do presente.
Por esse momento, um momento grande e todo meu, eu tive vontade de chorar. Relembrei o quanto eu quis ir embora e o quanto sinto falta das pessoas que ficaram – na cidade que eu deixei, no tempo e nas lembranças.
Eu não sei se foi meu momento absoluto, mas sei que tomei uma decisão, partindo disso mesmo: acontecimentos e presenças do passado e do presente – vou escrever, escrever um romance, o meu romance.
Eu lembro de uma vez, lá pelos idos de 2005, quando eu levei meu caderninho de textos para o professor Júlio ler. Eu levei porque gostava dele (apesar dele fumar sempre e muito) e queria saber o que ele tinha a dizer sobre meus escritos e minhas pretensões literárias. E o que ele disse foi:
- Você escreve bem. Não pare de escrever. Você escreve insights, impressões do mundo, meio soltas. Eu sugiro uma coisa: escreva um romance.
E agora, mais de 04 anos depois daquela conversa com Júlio, eu sei que talvez eu não saiba escrever, que talvez eu escreva bem para alguns, mas outros me achem mortalmente chata e prolixa, mas dane-se: preciso escrever. E é isso que farei.
Quem sabe um dia meu romance seja publicado, quem sabe vire série de TV – e quem sabe fique na gaveta – o importante é deixar registrado de forma mais detalhada tantos anos e tantas pessoas, saudades e causos que marcaram e marcam essa minha existência.

8 de jul. de 2009

Poeminha/2.



Tudo que eu queria
era ver o mundo.
Tudo que eu queria
era jogar fora o guarda chuva
e o sobretudo.

TF*
02/10/2005.

7 de jul. de 2009

Enfim, casa nova.

Enfim!!
Mudança à vista! Iupi! Supimpa!!
Acabei de ser informada que nosso contrato está pronto!

E no sábado, depois de meses de procura, stress, resmungos, choro, negociações e tudo mais, irei pra um cantinho que posso chamar de meu (ainda que alugado) ou de nosso ou de ambos, só depende do dia.

Glória, situada entre Catete e Lapa, será palco da nova saga Tatyanesca que se instala daqui pra frente.

Vamo que vamo!

Baú do blog/2.

Eu costumava escrever bem (quanta modéstia, hein?!). Ainda mais quando falava da minha tristeza...
Hoje, a tristeza passou. O que me pega agora é outra coisa, uma coisa mais complexa, que ainda vai ser postada aqui.

Do meu caderninho de rascunhos... 17/04/05
O silêncio era avassalador. Ele não dava uma palavra e ela, antes tão falante, também não ousava balbuciar algo, uma bobagem que fosse, só pra tornar a curta viagem mais agradável.
A sensação que tinha era que devia falar, procurar o que dizer, mas não encontrava palavras, não encontrava forma de puxar assunto. Achava que o silêncio o incomodava, já que incomodava a ela, mas não dava o braço a torcer. Aliás, a questão não era de teimosia, era pior. Instalava-se nela, dia após dia, uma quietude irritante. A quietude a fazia emudecer, lhe tirava o sono e lhe dava olheiras.
Ele puxou um assunto qualquer. "Até que enfim, agora a conversa fluirá", ela pensou. Pensou errado.
Durante todo o caminho, o silêncio prevaleceu. Ela se culpava, se achava estúpida, antipática. Por que não conseguia falar alguma coisa? Puxar um papo que durasse mais que 2 minutos! Simplesmente não encontrava forças para tal fim, não havia o que conversar.
Sentiu-se péssima. A noite toda fora assim. Por vários momentos, ela pensou que não devia ter saído de casa, que dormir era a melhor opção. Porém, não costumava ouvir sua intuição. Agora, passava por uma jornada deveras incômoda, de falta do que dizer e de comentários sobre o que se passava com ela. E o que se passava com ela afinal?Mais de um mês no mesmo estado. Seria caso de médico?
Os altos e baixos no humor lhe indicavam que não - todo mundo tem seus dias.
Quando sentia-se bem, queria pular, cantar, correr, ler, escrever, dançar, viver... Quando sentia-se mal, queria fazer terapia e o escambau. O humor, entretanto, passou a mudar de forma mais constante.
Engoliu suas palavras e multiplicou-as todas no papel.
Tudo que fazia agora era escrever. Sentia em si um imenso vazio, que acreditava, otimista, ser passageiro. Depois de um mês, começava a ter severas dúvidas. Sentia que estava perdendo seu tesouro mais precioso: sua essência. O jeito espontâneo de olhar e falar estava dando lugar a alguém triste, melancólico. No fundo, sabia o que se passava consigo, mas não queria conversar sobre, embora indagações fossem feitas a cada semana.
Tornou-se insone, passou a tomar remédio pra dormir.
Estava ficando cada vez mais longe do que queria ser.
Até que, de súbito, resolveu que não incomodaria mais.
Queria ficar sozinha.
Não sabia como fazer aquilo passar. A sensação de vazio, a tristeza, a quietude irritante estavam criando raízes. A única coisa na qual pensava era dormir. Dormir um sono pesado, por horas, dias, talvez meses. Hibernar. Mas não era urso, era só alguém que estava se desapaixonando pela vida.
Seu espírito estava doente.
Como numa comparação que vira num filme, seu corpo estava flutuando no rio chamado vida. Esbarrava em troncos e pedras e não conseguia evitar isso. Paralisada, sem vontade própria, maltratando o corpo e, pior, o espírito. Estar viva era só existir, de repente. Essa sensação ia e vinha, mas dessa vez alcançava uma intensidade assustadora.
Os remédios pra dormir lhe davam o sossego temporário.
Entretanto, remédio algum seria capaz de curar o que sentia em seu âmago, e que agora externava-se. Seu interior estava enfermo. Ninguém tinha culpa, mas a doença estava lá, monstruosa.
A questão não era quanto tempo suportaria, mas se viveria assim para sempre. Onde estava aquela menina otimista?
Onde está ela? Onde estou eu?

Baú do blog/1.

Depois de encontrar meu antigo blog, estou relendo os meus textos. E alguns serão republicados no espaço virtual.
Um deles:

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Uma vez, quase coloquei a calcinha pra secar na geladeira.
Doutra vez, quase comprei cevada ao invés de café e milho no lugar de feijão. Cheguei perto de jogar minha escova de dentes no lixo.
Já fiz confusão com nomes, incluindo gênero: chamei um desconhecido de 'moça'... Tudo bem que parecia uma, mas eu podia ter tido mais atenção.
Também chamei pelo menos um amigo de 'mulher'.
Sempre esqueço de pôr as meias pra lavar.
Também é costume esquecer de fazer o que me pedem.
Ah, meu peixinho Moby Dick - que Deus o tenha - morreu porque esqueci de limpar o aquário e dar comida... por uma semana!!
Não sou do tipo que 'pega as coisas no ar', embora já 'tenha jogado verde pra colher maduro'.
É, eu sempre fui desleixada e distraída, mas ninguém venha me acusar de esquecer aniversários!
Até que me acho bem na minha bagunça e meus cds são organizados por ordem alfabética.
Eu tinha que compensar com algo, né??

Post-que-virou-scrap-que-virou-post.

Começou com scrap recebido de Gladson:
"Lembra da gente dançando e gritando "Uh, é o shalk04!!" em frente ao apartamento de um amigo do Filipe, lá perto da UFC?

Lembrei de onde tirei a idéia: tem um vídeo da Rita Lee dançando com o Arnaldo Baptista e o Sergio Dias dançando ao lado, coisa mais linda, que representa bem Os Mutantes e o modo como eles eram unidos.

Se nós fossemos os mutantes, vc seria a Rita Lee."

E em outro scrap mais curto, ele perguntou se eu tinha Twitter.

E aí, eu respondi.
Mas foi uma resposta digna de post. Aí, fiquei sem saber se viraria mesmo post ou se seria só scrap. Na dúvida, pensei, deixo que seja os dois! (a seguir)

"Post-hesitante-que-acabou-como-scrap-que,-no-final,-vai-acabar-virando-post-do-meu-blog-mesmo:
Esses dias, o Gladson me mandou um scrap perguntando se eu tinha Twitter. Eu disse que não possuo tal modernidade. E é verdade. Eu nem sei que porra é essa de Twitter. Fiquei me sentindo o Seu Lunga virtual. Que brabice, que ignorância a minha não saber o que é Twitter! Mas é pra isso que serve o Santo Google. Deus no céu, Google na terra! É isso mesmo! Eu vou procurar sobre o Twitter no Google e ele vai me dizer tudo a respeito desse negocinho aí. Mas vai ter que ser outra hora, afinal eu preciso trabalhar. Vejamos... O que foi mesmo que o chefe me mandou fazer agora?...
Ah, mas voltando ao Gladson. Ele me mandou também um outro scrap, esse maior, relembrando uma noite legal pacas, em que eu fui a “04”. Estavámos em 03, mas ainda assim, éramos 04 e esse era o número designado a mim e a idéia de gritar na rua pra acordar o amigo do Filipe, que coisa doida. E hoje, com o scrap do Gladson, eu soube que, se fôssemos os mutantes, eu “seria a Rita Lee”. Eu posso com um elogio desses? Gosto da Rita, da postura dela como artista e das músicas. Como diria Mark Twain: “De um bom elogio, posso viver dois meses”. Viva o Gladson, viva o "uh, é o shalk04!!". E viva aquela noite memorável." :)