1 de set. de 2009

Resenhas/1.

Resenha velhinha, mas vá lá. (Escrevi para uma das matérias da faculdade, em 2004).

Diários de motocicleta.

Como Ernesto Guevara de La Sierna tornou-se Che Guevara? Se interessa, este é o enredo de "Diários de Motocicleta", lançado recentemente no Brasil.
A história se passa em 1952. Ernesto Guevara e seu amigo Alberto Granado, resolvem fazer uma tour pela América do Sul, saindo da Argentina. Começam a jornada guiando uma velha moto, "La Poderosa", mas ela quebra e os dois seguem a viagem como podem. É a partir do que vê durante o caminho que o jovem Ernesto muda sua forma de ver o mundo. Há injustiças, pobreza - e tudo contribui para que ele siga, mais tarde, em busca de realizar seus ideais revolucionários.
O roteiro de "Diários" é baseado nos livros Notas de Viaje, de Ernesto Guevara de La Sierna e Con el Che por Sudamérica, de Alberto Granado. O melhor amigo de Che está com 83 anos e chegou a visitar o Brasil para divulgação, além de orientar o diretor Walter
Salles durante as filmagens. Participam também da produção americanos como Robert Redford.
Quem espera por ação ou qualquer menção ao futuro guerrilheiro no qual Ernesto se transformaria, pode desistir. Não se trata de uma narrativa fantástica e deslumbrante. É apenas a verdade, embora saibamos que o cinema sempre dá aquele jeitinho de deixar o enredo mais atraente.
Porém, é por ser simples que há esse efeito: o filme é mesmo fantástico
e deslumbrante. As locações são admiráveis. Os atores, ótimos.
Por coincidência, Rodrigo de La Sierna, que interpreta Alberto, é um
primo distante de Che. E para quem não lembra, Gael Garcia Bernaz, que interpreta Ernesto, emocionou muitas crianças ao interpretar o órfão Daniel, na novela "Vovô e eu", exibida pelo SBT em 1991.
Hoje, o ator tem um curriculum bastante respeitável: prêmios e
elogios da crítica não faltam, além de tietes, apaixonadas por seus belíssimos
olhos azuis.
O enredo emociona, faz rir e pensar. Chega a dar vontade de se aventurar
também, como fizeram os dois amigos. Vale o ingresso. É garantia de
diversão sem cenas de apelação.

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