25 de jan. de 2010

Retorno/01.

Há teias de aranha e roupas espalhadas pela casa.
A louça já está seca e pronta para ser guardada há um mês.
Um mês. Esse foi o tempo que passei entre Navegantes (SC) e Curitiba (PR).
E agora, de volta à cidade que relutei em chamar de lar, eu sinto o verão carioca na pele e nos olhos.
A cidade está com cheiro, som, gosto e forma de Carnaval.
As chuvas vêm e vão. As pessoas continuam insanas, muitas falam sozinhas pelas ruas. Já tive medo delas. Hoje, costumo fingir que não estou olhando e nem ouvindo.
O Rio é caótico, é louco, é maravilhoso... e é um pouco meu, sim.
Senti como se fosse recebida de braços abertos.
De repente, me apaixonei novamente por tudo. Pelas paisagens, pelo Pão de Açúcar, pela Lapa, tão suja e tão movimentada, mais boêmia impossível. Não sei se esse namoro com a Cidade Maravilhosa irá durar muito. Minha relação com o Rio é cheia de percalços e, por incrível que pareça, eu gosto disso.
Como diria um certo poeta: "Que seja eterno enquanto dure".
Eu estou de volta.

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