14 de ago. de 2009

Minha vida estudantil/2.

Em 2002, eu comecei a estudar na Uece. Foi difícil, mas eu me integrei a um grupo. E não era um grupo comum, para variar. Nenhuma das meninas queria estar realmente no Serviço Social. Todas estavam ali porque tinham passado no vestibular numa universidade pública, mas almejavam outro curso.

Aline queria cursar algo no Cefet (acho que era Edificações).
Lia queria estudar Psicologia na UFC.
Priscila queria cursar Veterinária (na Uece mesmo, de preferência).
Regina acho que queria estudar Pedagogia.
E eu... Eu só queria fazer alguma coisa que não fosse Serviço Social.
Embora já estivesse pensando no Jornalismo desde 2001, tinha uma louca obsessão por Diplomacia e um pé + dois olhos na Literatura.

O nosso grupo se manteve unido por todo o primeiro semestre.

Uma das coisas que lembro dessa época era o quanto odiávamos as aulas de Epistemologia.
O professor era um carioca chamado Cristiano.

Eu, metida a engraçadinha que sou, recordo que alguns dias antes da primeira prova dele, escrevi no quadro (antes que ele chegasse):
"Uma das possíveis perguntas para a prova de Epistemologia:
Qual o nome do professor de Epistemologia?
A) Fabiano
B) Mariano
C) Cristiano
D) Fulviano"

Cristiano viu, odiou e comentou:
"Vocês esqueceram essa alternativa..."
E escreveu no quadro:
E) Reproviano.

Na mesma aula, eu criei a "balada da Epistomologia" (que não será postada agora, pois eu deixei o texto em Fortaleza, dentro de uma das minhas 381 caixas cheias de papéis, histórias e saudades). Nessa balada, uma heroína destemida matava a Epistemologia e mandava Cristiano e Japiassu (o autor de quem ele tanto falava) para o quinto dos infernos.

Foi uma época interessante, apesar de algumas aulas e de professores que faltavam muito.

E aí, no 2º semestre, do grupo citado logo acima, só eu permaneci no Serviço Social.
Na metade do semestre, surtei. Deixei de ir às aulas e fui fazer vestibular para Jornalismo. Detalhe: numa faculdade particular.

Passei, minha mãe ficou com dó de mim e pagou minha matrícula. E lá fui eu colocar o pé no mundo da comunicação... Mas aí... Já é outra história também.

E a Uece? Voltei, cerca de 02 anos depois do surto. Fiz mais 1 semestre, tentando conciliar com o Jornalismo. Vi que não rolava mesmo. E aí, larguei o Serviço Social de vez. Mas sobraram algumas boas memórias e outras tantas xerox na bagagem.

E o grupo... Cada um tomou um rumo diferente:
Regina casou e parece que sim, conseguiu cursar Pedagogia.
Aline foi para o Cefet e também começou a cantar numa banda de forró chamada Pão com ovo (!).
Lia passou para Psicologia na UFC.
Priscila foi cursar Veterinária em Mossoró (RN) e depois se transferiu para a Uece - ela está quase se formando. É com ela que mantenho mais contato.

E eu... Cá estou, no Rio, em parte me deixando levar, em parte vendo o que fazer da vida.

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