13 de abr. de 2009

Feriado.

O feriado começou antes do feriado.
Começou quando eu passei a pensar se iria mesmo subir a serra (e pelos meus motivos, talvez torpes, talvez sensatos, eu não queria).

Eu estava desanimada, pensando uma porção de detalhes, de (in)decisões. Conversei sobre com o Robão e ele me deu uma idéia, mas o que eu precisava mesmo era de um puxão de orelha, acho... (que me veio hoje, num e-mail de miss Kylvia).

Bom, mas voltando ao feriado. A vontade louca de sair por aí e ir parar na primeira estrada foi crescendo, mas como eu sabia que não rolava de viajar, procurei coisas para fazer aqui, afinal estou na Cidade Maravilhosa!!

Eu sempre digo: o imprevisto está ao virar a esquina.

Na quinta, a Angélica me telefonou. No Brasil desde o dia 03, ela ainda não tinha me encontrado:
- Taty, tô indo pro Rio. Vê um canto aí pra eu ficar.

Depois de tudo acertado, Dudu e eu fomos buscá-la na estação de metrô Pavuna na sexta-feira.
E aí, o feriado foi isso:

* Sexta: Lapa fervendo e nós no Boteko do Juca. Depois que o Boteko fechou, fomos pro bar vizinho. Depois que o bar vizinho fechou, fomos para o próximo. Lá, eu me converti em fã de carteirinha do Chiclete com banana. Pulei, dancei, gritei... Foi divertido :)

* Sábado: Praia de Ipanema, posto 09. Muito bom o sol de fim de tarde e a caminhada, com direito a frases escritas na areia. Pena que a praia estava suja pra caralho - pena também que as pessoas continuem sem consciência quanto a isso... O mar trouxe muita dessa sujeira de volta, pois teve ressaca e as ondas estavam brabas que só vendo... Uma hora, eu sentada na areia com Dudu e a Angélica voltando do mar (tinha ido molhar os pés), uma onda enorme se formando logo ali e eu comentei:
- Olha só aquela onda!...

Só tive tempo de fechar a boca e correr. A onda veio até onde estávamos!! Deu tempo pegar o vestido da Angélica e um par da chinela dela. O Dudu pegou a bolsa e o par de chinelos dele. Os meus? Foram levados pela água e resgatados minutos depois pelo malino, junto com o outro par da Angel, rs.

* Domingo: marcamos de ir ao Cristo. Depois de 3 (!) conduções, finalmente chegamos. O calor tava de lascar! E lá tava cheio, muito cheio MESMO! Eu já tava ficando zonza, até que decidimos ir embora. Bom, foi legal e pah, fui ao Cristo, uma das 07 maravilhas do mundo, pererê e talz... Mas... Confesso que prefiro a vista do Pão de Açúcar.

Depois de ter (finalmente) encontrado a ragazza (Angélica) fiquei pensando... Passamos 01 ano e pouco longe, mas nos comportamos como antes, quando estávamos juntas. Entretanto, ao longo dos dias, eu notei que ela não é mais a mesma. A mudança é evidente e grande, sai pelos poros. Eu também não sou mais a mesma. Ela não é a mesma que viajou comigo pra Viçosa e lá, tarde da noite, me ajudou a lavar minha jaqueta cheia de esterco (culpa do "moitel", improvisado atrás de uma igreja evangélica, hahaha). Eu não sou mais a mesma que pulou com ela o muro do Metrópole pra ver o show do Angra. Ela não é mais aquela que pegou carona na estrada comigo até Paracuru. Eu não sou mais aquela que pulou a janela do hall onde a gente estava, na calada da noite, só pra ir embora sem dar tchau pro esquema da noite. Mesmo com as diferenças, foi muito bom revê-la, saber que ela veio ao Rio (em grande parte por minha causa) e ter a certeza de que nossa amizade não se perdeu com o tempo. Hoje, inclusive, eu li um texto da net que me fez lembrar disso. Segue um trecho: "Muitos sabem que amigos de verdade conseguem ficar um tempão distantes, sem se ver, sem se falar e, ao se reencontrarem, é como se nunca tivessem se separado... Talvez as carcaças tenham ficado mais pesadas, os cabelos mais ralos e esbranquiçados, mas o brilho no olhar não se perde nunca e num piscar de olhos nos conduz direto à alma, ao essencial que tudo conhece".

O feriado foi deveras legal. Agora, vamo que vamo... pra mais uma semana na labuta ;)

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