10 de nov. de 2008

Estrada!

Eu vivo dizendo isso e não canso de repetir: a minha paixão é a estrada.
Não sei se isso tem nome, só sei que está impregado em mim. E a paixão é muita, é quase uma doença. Mas o que importa é eu me sentir viva, é me perder, me achar, me perder de novo. Fazer quantas perguntas eu achar necessário, conversar com bêbados, mendigos, com gente louca, com gente normal, sing in the rain! Ver como você vive, se você me agüenta, se eu agüento você, se a gente tem algo a aprender um sobre o outro, a ensisar um ao outro e depois dar tchau: quem sabe "adeus", quem sabe "até logo".

A minha doença não tem cura, porém há medidas paliativas para "acalmá-la" (uma viagem a cada mês me deixa legal). Prova de que não há cura disso é a mochila, sempre pronta pra fugir de casa, do estado, do país ou até do mundo. Nela, eu levo documentos, cartão de crédito, coragem e minha vida rabiscada e desenhada (agenda rules!). Levo uma garrafa d'água, levo sonhos, medos, pesadelos, boas e más lembranças... Levo as curvas e as retas. Minha Aurora é gigante pra mim! Ah, e a Pretinha também (Hehe, minhas mochilas nomeadas!).

Um dia, Aurora e Pretinha serão passado. Existirão outras. Mas a estrada? Véi, a estrada será sempre o futuro. Sempre, SEMPRE! Ou o presente. E que presente!

Eu a amo, ela me ama. Ela me cobre de poeira e cansaço, eu a cubro de curiosidade e vida. A gente faz boas trocas, embora às vezes, ela me dê umas rasteiras. Mas eu me viro. A estrada não me mata - me vive!

No domingo, zapeando os canais na esperança de encontrar algo que prestasse, acabei deixando na Rede TV. Passava um programa lá cujo nome eu nem sei (depois, eu procuro!). O apresentador viaja por aí e mostra as belezas e histórias dos lugares onde vai. Eu deixei quando o Dudu apontou e disse:
- Olha só!...
Era o tal apresentador fazendo uma tirolesa numa praia da Bahia.
E eu que nem tinha atentado para o que realmente estava passando, parei para prestar atenção.
- Ah... Eu já vi esse programa! Esse cara trabalha viajando! Porra, quando eu crescer, quero trabalhar assim... (Os olhos brilhavam)
- Assim como?
- Viajando. Mas nada de ficar na frente das câmeras. Meu negócio é ficar na produção e fazer o possível pra curtir os lugares. Essa coisa de trabalhar trancada, num lugar só pra todo o sempre, não me agrada. Não curto essa idéia de ficar no mesmo lugar não...
- E quando você for rodar por aí, eu posso ir contigo? (ainda pergunta, jisuis!)
- Quer? (rsrs).
- O que é que tu acha?
- Pode, pô! Já é!

A Piauí ainda é um dos meus sonhos de consumo, saca? É uma revista bacana, transada (OMG, usei mesmo essa palavra? Lalaiá). Mas o "hors-concours" é trabalhar unindo a paixão tema deste post (estrada, oh yeah! \o/) com outra das minhas paixões: escrever.

Se o sonho é alto, a queda também é. Mas eu não ligo. O que seria da gente sem os sonhos? O Abujamra fala que "sonho só deve durar uma noite". E quando ele fala, não quer saber se é sonho que a gente sonha dormindo ou não. Ele é rabugento, maluco e capaz de falar uma coisa dessas, mas eu ainda vou com a cara dele, sei lá porquê. Vai ver é porque ele lê poemas e isso me excita (ui, ui, ui!). Ah, eu sou mortal; ele é incômodo. Sinceramente, eu espero ser incômoda também um dia. Não como ele, mas espero.

E enquanto isso, sonho de pé, mochila pronta, boa companhia ao lado.

- Eu gosto de fazenda, de pato, de vaca, de galinha. Sossego... Mas só vou morar num lugar assim depois que tiver rodado muito, baby.

;)

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