25 de fev. de 2009

Estrada/1

Eu tinha só 6 anos quando meu pai decidiu que iríamos ao Paraguai. Era moda excursionar lá e voltar cheio de muamba.
Levamos umas 2 semanas viajando de ônibus. Não lembro muita coisa, só me recordo que gostava de comer na beira da estrada e que detestava tomar banho com o banheiro cheio de gente.

Uma noite, um passageiro quase pisou na minha cabeça. Eu dormia no chão, num colchão. Depois disso, meu pai mandou que eu dormisse com a cabeça sob os pés dele e de minha mãe. Nossa, que idéia extraordinária ¬¬ Bom, mas se alguém tinha que pisar na minha cabeça, antes meus pais, não qualquer desconhecido.

Até hoje minha mãe conta que visitamos também a Argentina (Puerto Iguazu, acho), mas eu não tenho lembranças sobre isso. Minha maior e melhor recordação dessa viagem foi em Foz. Quando chegamos, era um dia de chuva. Não se podia passear de barco e tampouco era possível ver um arco-íris. Mas eu lembro desse dia porque fiquei impressionada com aquela água toda. Falei para minha mãe:
- Vamos descer e nadar?
Ela riu.
Não sei porque eu disse isso, afinal, nadar não era (e não é!) meu forte. Talvez eu só quisesse ver aquela queda d'água mais de perto.

Em Foz, também visitamos uma loja onde vendiam chocolates. De todos os tipos, tamanhos e gostos. Preciso dizer que me esbaldei?

Fiz uma amiga chamada Larissa. Juntas, cantávamos "Era um garoto que como eu...", na voz de Humberto Gessinger, enquanto o sol se punha na rodovia.

Acho que foi aí que começou minha paixão... Não por quedas d´água, nem por chocolates, nem por Engenheiros do Hawaii. Começou algo maior, que dura até hoje: a paixão por viajar.

Ah, uma coisa legal nessa viagem ao Paraguai (fora os chocolates): minha cabeça não foi pisada uma única vez.

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