16 de jun. de 2009

Dia dos namorados/2.

Continuando a saga...

Já no 2º pavimento do shopping, segui andando a esmo. O diálogo interno prosseguiu:
- Que tal uma viagem pra Acapulco?
- Muito caro. E ele não está de férias!
- Que tal uma sunga de oncinha?
- Você quer mesmo que eu opine sobre isso?
- Que tal um par de meias?
- Isso é a coisa mais sem graça que uma pessoa pode receber! Eu só aceito meias da minha mãe e olhe lá! Ela sempre comprava meias floridas e coloridas pra mim... Era um pesadelo. Pior que eu usava, pra agradá-la e porque também já tive meus rompantes.
- Que tal um anel escrito: "Não vivo sem o seu quentinho!"
- Bem bolado, bem bolado... Mas é muito capacho isso aí. E a essa hora... mandar fazer um anel assim...
- E que tal uma caneca?

A caneca me sorria. Era afrescalhada, com corações vermelhos etc etc etc. Entrei na loja e perguntei finalmente:
- Onde ficam as canecas?
- Aqui.

- Não acredito que você vai levar essa caneca.
- Mas é lógico que não! Isso é muito enfeitado pro meu gosto. E além do mais, é branca com detalhes em vermelho e rosa. Coitado! Eduardo não merece isso.
- Verdade...
- Mas essa aqui, veja só! É preta e com uma frase simples: "I love you". Quer coisa melhor?
- Quero. Na verdade, quero poder dar uma casa em Malibu, hehe...
- Quando eu ganhar meu primeiro milhão, prometo dar presentes desse tipo...

03 minutos depois de ter entrado na loja, chamei a vendedora. Não consigo demorar em lojas que não sejam livrarias ou as Lojas Americanas.
- Vou levar. Vocês têm cartões?
- Sim, logo ali.

Mais uns 08 minutos pra escolher um que não tivesse uma frase muito "nhem nhem nhem" ou algo do gênero. Acabei optando pela delicadeza (haha) do Garfield:

"Eu amo você pelo que você tem de melhor... A capacidade de me dar muitos beijos, abraços e todo o seu amor!".

Era o cartão perfeito!
Que singelo, não?

Continua...

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