Ponto final
Eu resolvi pousar
aqui e acolá...
Pousar nas asas de um morcego,
procurando por sossego;
pousar em terras verdejantes,
esperando um bom amante.
Pouso ali e me crivo,
tentando encontrar alívio.
Mas a estrada me chama,
clama por minha presença.
Acumulo sapiência
e raízes não existem.
Busco até as horas tristes,
também um pouco de paz.
Busco um lugar de repouso
e, quando pouso, quero mais.
Talvez eu me entregue à sorte
ou volte ao ponto de partida.
Talvez eu plante dálias
para colher margaridas
É certo que um dia eu pare
e repare no cansaço.
Então, traço os próximos passos,
misturo calma e embaraço,
pouso bem num roseiral.
Vivo mais um desenlance
e pinto um ponto final.
*TF* julho/2005.
31 de ago. de 2009
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2 comentários:
Oi, Tatyana!
Obrigada pela visita em meu varal... passei por aqui também! Beijos! Vivi
caralho. essa é tipo "a poesia pra ler no fim do documentário sobre você". é pra por na sua lápide. não é babação boboca de blog não, eu gostei mesmo.
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